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23 de outubro de 2013

meu maior inimigo

Parece coisa de filme, mas é bem assim a minha vida: um clichê atrás do outro.
Seria um daqueles romances bestas onde um garoto ama uma garota e coisas assim.
Mas eu estaria longe de ser personagem principal.
Nunca tive vocação pra isso.
Aliás, eu nunca gostei dos mocinhos.
Sempre tive uma queda por vilões e personagens secundários.
Eu seria um dos dois.
Daqueles bem marcantes.
Seja um vilão que gera raiva de milhares
ou o melhor amigo da mocinha que é, na verdade, apaixonado por ela secretamente.
Tão típico de mim.
Estar tão feliz com o que tenho, mas acabar me fazendo sofrer.
De uma hora pra outra.
É, com certeza, um personagem secundário.
Aquele com problemas internos e conflitos que não consegue resolver
e que acha que ninguém jamais vai conseguir ajudá-lo.
Aquele que está rindo numa hora e chorando em outra.
Que, em um surto qualquer, acaba cometendo alguma burrada...
Com toda certeza, esse sou eu.
Tão atrapalhado na minha própria vida que passa a ser dificil falar dela.
Tão acostumado a confortar que já esqueceu como é ser confortado.
Tão habituado à tristeza que se deixa levar de volta pra ela por um mínimo motivo.
Esse sou eu.
Um mocinho não tão importante
e um vilão não tão competente.
Um mocinho clichê e piegas com um inimigo tão idiota quanto.
Afinal, quem seria meu maior inimigo senão eu mesmo?

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