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30 de março de 2013

um ponto final

E agora que a ficha do bom senso caiu, você se faz de doído e de coitado.
Diz que eu não te entendo, que eu não sei como é difícil. 
E que eu sou o errado de tudo, que não deveria ter feito isso ou aquilo.
Que eu nunca passei por nada disso, que eu não te aceitaria da mesma forma.
E, mais injusto impossível, você me implora perdão.
Você não tem o direito de me pedir isso e, no fundo, espero que você saiba disso.
E agora, tudo o que eu penso é como vai ser fácil te tirar da minha vida.
Sem fotos, sem nada que me lembre a você. E eu dou graças à Deus por isso.
Logo eu, quem mais quis uma foto juntos. Quem mais se esforçou para criar lembranças suas.
Hoje, logo eu, agradeço por não o ter feito.
Hoje, pelo menos num primeiro momento, tudo o que você é pra mim é estranho.
Não posso passar por cima do meu orgulho ferido para te perdoar.
O máximo que eu posso fazer é ouvir, te ver chorar como você diz que faz.
O máximo que eu posso fazer e me permito fazer é não pensar.
E quem sabe tudo isso seja, no futuro, apenas uma prova pra nossa amizade,
mas por enquanto, essa é uma vírgula... 
prestes a virar ponto final.

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