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29 de novembro de 2010

Suas Mentiras

De que vale os carinhos se deles não vejo partir um mísero afeto?
De que vale suas lágrimas se nelas eu não vejo sequer a tristeza?
De que vale seus sorrisos se neles eu não vejo a sinceridade?
De que vale o final, se ele depende do inicio para dar certo?
Porque ao invés de demonstrar o que não és, mostra-me sua verdadeira face?
Porque ao invés de me tratar como o seu hamster, não me deixa solto?
Se não me gosta, porque não me esquece?
Faça-me um favor: jogue meu corpo aos ratos.
Dê-me de comer a eles,
talvez eles me valorizem mais do que você jamais valorizou.
Faça um favor a ti mesmo: morra!
Morra, pelo simples fato de ninguém te querer no mundo.
Morra e vá ao inferno, para que lá, você possa se sentir em casa.
Morra, mas não leve meu coração contigo.
Morra, me esqueça, suma.
Mas se preferes viver, ao menos dissimule melhor.
Continue me iludindo, me convencendo com as suas mentiras.
Mas saiba que terá de fazer melhor, pois pra mim, a sua máscara se foi.
Se foi junto ao amor-cego que eu tinha por ti.
Amor que deu lugar às cinzas.
E eu prefiro assim.
Ao menos as cinzas permanecem comigo.

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